quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Substituir o pepino por marisco está longe de te fazer mulher


Eu tenho uma certa implicância com as minorias. Talvez pelo fato de as minorias serem geralmente apoiadas por idiotas, não colocadas em cheque, não analisadas com olhos críticos. São sempre uns coitados e isso basta: se é negro justifica que não estude e mereça cotas; se é cadeirante é bonzinho e doce; se é gay é um vencedor por ter saído do armário. Se é eco-chato é uma pessoa boa, lutando por um mundo melhor.


Minha indignação se volta hj contra os transexuais. O pessoal que vai à Tailândia colocar o bilau para dentro e se chamar de fêmea. Desculpa ae, mas substituir o pepino por marisco está longe de te fazer mulher. Mesmo depois de quilos de hormônios, maquiagem, roupas, falta de pinto, vc ainda será um homem.
Eu posso até te chamar de Gilda, Carolina, Juliana, isso nem me incomoda. Posso dividir o banheiro, posso entender que você goste de filmes de moça. Mas paramos por aqui.

Ser mulher é uma questão de insanidade, de hormônios verdadeiros e naturais, de cólicas, de incertezas e de desenvolvimento tardio do raciocínio lógico – quando o há.  É não ter certeza sobre onde está a saída do shopping, não saber de supetão qual é a direita ou a esquerda. É ter a possibilidade de gestar, de expelir um ser humano completo de 4kg por um buraco onde só passaria um limão.
Por que se embarcar na onda de "eu quero ser tratado como mulher"? Eu vou entrar na onda de "quero ser tratada como a princesa Kate"! Ai vai dar merda, não é?

Então eu sinto muito por você que gastou os tubos nessa cirurgia e quer ser chamada de Gabriela ao invés de Alessandro. Uma vez tida a experiência de ter bolas, mesmo que não as valorizando, já te fez homem. Para sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário